Museus Vaticanos e as Vilas Pontifícias reabrem ao público


Como se transmite o conhecimento sobre Deus


Projeto Catequizando

Projeto Catequizando 🙏 Todos podem crer igualmente no que Ele deseja?         
                                          

      Sim,mas isso não ajuda. Os cristãos não inventaram a fé,e sim confiaram em Jesus Cristo. Ele nos trouxe a verdade sobre Deus. Isso está nas Escrituras e na tradição viva da igreja.  Na igreja,vivemos em comunhão,é o que Jesus nos ensinou. Devemos trazer essa fé a todos as pessoas. Mas mesmo que Deus esteja em todos,cada um deve seguir seu próprio caminho,embora a fé seja comum. 




Papa pede que sacerdotes levem Eucaristia aos doentes de coronavírus

Papa pede que sacerdotes levem Eucaristia aos doentes de coronavírus.



Vaticano, 10 Mar. 20 / 01:01 pm (ACI).- Nesta terça-feira, o Papa Francisco pediu aos sacerdotes que tenham a coragem de sair e levar a Eucaristia e a Palavra de Deus àqueles que estão doentes com o coronavírus, além de acompanhar os profissionais de saúde e voluntários que cuidam das vítimas da epidemia.
O Santo Padre fez esse chamado durante a Missa que celebrou na capela da Casa Santa Marta, neste dia 10 de março.
“Continuamos rezando juntos pelos doentes, pelos profissionais de saúde, por tantas pessoas que sofrem essa epidemia. Rezemos ao Senhor também pelos nossos sacerdotes para que tenham a coragem de sair e ir ao encontro dos doentes, levando a força da Palavra de Deus e a Eucaristia, e de acompanhar os profissionais de saúde, os voluntários, nesse trabalho que estão fazendo”, pediu o Papa.
Nesta terça-feira, a Santa Sé intensificou as medidas preventivas contra a difusão do COVID-19 e decidiu fechar a Praça e a Basílica de São Pedro às visitas guiadas e aos turistas até o dia 3 de abril.
Do mesmo modo, cancelou o evento “24 horas para o Senhor”, a celebração penitencial que, com o tema “Os teus pecados estão perdoados”, seria presidida pelo Papa Francisco no dia 20 de março, na Basílica de São Pedro.
A decisão do Vaticano de fechar a Praça de São Pedro e a basílica para turistas foi adotada em coordenação com as autoridades italianas.

Fonte ACI Digital 

Fazer o bem é uma maneira prática de orarmos.

Fazer o bem é uma maneira prática de orarmos.

“Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas.” (Mt 7,12)

Jesus está nos ensinando a segunda etapa do caminho da oração. Se a primeira etapa é o silêncio interior, da busca apaixonada pelo coração do Pai, a etapa seguinte é a oração que suplica.
A súplica da alma é revestida, primeiro, da confiança, ou seja, como eu me relaciono com o Pai. Ele é meu Pai eu confio n’Ele, e é por isso que eu vou bater na porta do coração d’Ele, vou procurar, no coração do Pai e vou pedir a Ele aquilo de que eu necessito. Você pode ter certeza que quem bate na porta de Deus, Ele abre a porta; quem procura o socorro em Deus, em Deus é amparado; quem pede, quem suplica a Deus é atendido por Ele.
Ora, não esperemos que sejamos atendidos do jeito que a nossa maneira egoísta, egocêntrica e orgulhosa quer ser atendida. Não! Permitamos que Aquele que é Pai dê ao filho o que, de fato, o filho necessita. Primeiro, o remédio para converter o coração, para acalmar o coração, para direcionar a alma, direcionar a visão, abrir a mente. Nós, muitas vezes, pedimos tantas coisas a Deus, mas não buscamos o essencial. Muitas vezes, o nosso pedido se resume à vida material, às coisas terrenas, e não suplicamos a Deus um coração orante, uma alma cheia do Espírito, não suplicamos a sabedoria divina para ter o discernimento.
Um estudante que vai fazer uma prova não vai pedir para Deus para passar na prova. Ele vai pedir a Deus a sabedoria para usar bem os conteúdos que ele aprendeu, para ter sobriedade, serenidade, para vencer a ansiedade. Que Deus não dá coisas mágicas, porque Ele não é mágico, Deus é Pai, é Aquele que cuida e direciona. Ele não faz nada no nosso lugar, porque Ele nos criou para que tenhamos iniciativas próprias, mas Ele está para nos auxiliar, Ele está para nos iluminar, para nos direcionar.

Façamos, intensamente, o bem para o outro, porque é o bem que nós desejamos, é a maneira prática de orarmos

Não adianta você pedir para Deus para você acertar na loteria, para ganhar aquele dinheiro, porque não é Ele que dá o dinheiro, não é Ele que determina os números da loteria. Deus é quem nos dá a sabedoria para termos sensatez para usarmos o que temos, saber viver com o que não temos e saber buscar o que precisamos. Por isso, para que não gere em nós o inconformismo ou uma relação errada com o amor de Deus, busquemos n’Ele Sua essência, o amor, a misericórdia, porque é tudo o que nós mais necessitamos.
Busque, em primeiro lugar, Deus e o seu Reino, e você pode ter a certeza de que o mais virá em acréscimo.
O terceiro passo, também na via da oração, é fazer aos outros aquilo que nós gostaríamos que fizessem a nós. Não gostamos de ser ofendido, então, não ofendamos ninguém. Gostamos de ser bem tratados? Tratemos bem os outros. Gostamos da educação, então, sejamos educados.
Tem coisa pior do que você entrar num recinto que está bagunçado? E quem bagunçou? Quem foi lá anteriormente. Então, não façamos o mesmo. Isso vale para tudo que vivemos em sociedade, no mundo.
É essencial, meus irmãos, que nada daquilo que não desejamos para nós, nós não façamos para o outro. Não façamos nada de mal para o outro, porque nada de mau nós queremos para nós. Façamos, intensamente, o bem para o outro, porque é o bem que nós desejamos. Essa é a maneira prática de nós orarmos. Não é, simplesmente, suplicarmos, mas agirmos e fazermos o bem para o outro, pois assim estamos consertando o mundo e direcionando a sociedade.
Deus abençoe você!

Cinco orientações para a Quarta-feira de cinzas.

E se uma carta pudesse te ajudar esquecer as magoas e tristezas.

Perdoar alguém que o machucou parece impossível porque a sua ferida é muito profunda? Você pode tentar este método que o ajudará a dar um passo em direção a quem o machucou
“Não posso perdoá-lo”, “nunca aceitarei isso!” Alguns acontecimentos ou pessoas que nos machucaram, e dos quais lembramos constantemente, ficam às vezes engasgados na nossa garganta.


Por mais injustos que sejam, eles podem, no entanto, nos levar a uma transformação, se nos empenhamos a tirar uma lição positiva deles.

Ao reprimi-los, bloqueamos a nós mesmos e obstruímos a ação de Deus. Eles nos fecham em nós mesmos, nos bloqueiam e nos impedem de evoluir. Portanto, como liberar todo esse rancor que nos invade, a fim de viver no presente e de nos sentir mais livres?

Cartas para reencontrar a alegria de amar

Alguns terapeutas sugerem a seus pacientes que escrevam uma carta na qual eles podem desabafar e expressar de maneira ultrajante todas as censuras que poderiam fazer aos seus pais, parentes, chefes, etc. Em resumo, todos aqueles que os machucaram. Esse método é útil e você pode tentar realizá-lo, mas tenha cuidado, não envie esta carta a ninguém! Ela é apenas uma “carta do lixo” que exterioriza os sentimentos conflitantes que vivem dentro de você. Dia após dia, vá escrevendo a sua carta até se sentir aliviado.

E de repente, tudo o que o fazia mal saiu! Você pode ler a carta para alguém próximo a você, em quem você tem total confiança, para garantir que a “limpeza” seja totalmente realizada. Entretanto, não se mantenha naquilo que é negativo!

Escreva uma segunda carta, desta vez uma carta de amor. Nesta carta haverá tudo o que é positivo. E uma boa ideia é expressar sua gratidão por tudo o que essas mesmas pessoas lhe trouxeram. Lembre-se das boas lembranças, tente entender as dificuldades delas, até sentir o seu coração cheio de compaixão. Vá escrevendo esta carta diariamente até se sentir em paz e habitado pelo perdão que vem de Deus.

Essa dupla abordagem é frequentemente necessária para que o passado não nos sobrecarregue e para que aprendamos a entender as coisas. Graças a esse método, você se tornará fortalecido, mais amoroso e, acima de tudo, mais positivo!

Yves Boulvin (Instrutor de relações humanas, psicólogo e consultor)

Essa ideia e muito boa ,quantas pessoas nao existe com o coracao machucado ,as vezes quer esquecer aquela ferida da alma ,mas sempre tem algo que nos faz lembrar e volta de novo aquela dorzinha ,ou quando a gente ve a pessoa que mais nos machucou ,volta aquela revolta ,a magoa minha gente e a pior coisa que existe e faz da gente prisioneiros de nossas felicidade e mudanca de vida ,para seguirmos em frente.

Creditos: Aleteia

Profissão de fé. 1.1 O homem é «capaz» de Deus


Especial ensino do Catecismo da Igreja Católica .


27. O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso:
«A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor, constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador»().



28. De muitos modos, na sua história e até hoje, os homens exprimiram a sua busca de Deus em crenças e comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos, meditações, etc.). Apesar das ambiguidades de que podem enfermar, estas formas de expressão são tão universais que bem podemos chamar ao homem um ser religioso:
Deus «criou de um só homem todo o género humano, para habitar sobre a superfície da terra, e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação, para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente por O atingir e encontrar. Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós. É n'Ele que vivemos, nos movemos e existimos» (Act 17, 26-28).



29. Mas esta «relação íntima e vital que une o homem a Deus»() pode ser esquecida, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes podem ter origens diversas () a revolta contra o mal existente no mundo, a ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das riquezas(), o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião e, finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de Deus() e foge quando Ele o chama ().


30. «Exulte o coração dos que procuram o Senhor» (Sl 105, 3). Se o homem pode esquecer ou rejeitar Deus, Deus é que nunca deixa de chamar todo o homem a que O procure, para que encontre a vida e a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço da sua inteligência, a rectidão da sua vontade, «um coração recto», e também o testemunho de outros que o ensinam a procurar Deus.
És grande, Senhor, e altamente louvável; grande é o teu poder e a tua sabedoria é sem medida. E o homem, pequena parcela da tua criação, pretende louvar-Te- precisamente ele que, revestido da sua condição mortal, traz em si o testemunho do seu pecado, o testemunho de que Tu resistes aos soberbos. Apesar de tudo, o homem, pequena parcela da tua criação, quer louvar-Te. Tu próprio a isso o incitas, fazendo com que ele encontre as suas delícias no teu louvor, porque nos fizeste para Ti e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Ti (

As Devoções da igreja para cada mês do ano.


As devoções da Igreja para cada mês do ano


 

A Igreja procura santificar o ano todo celebrando a cada dia os Santos do dia, ou as festa e solenidades especiais. Mas também a cada mês do ano a Igreja dedica uma devoção particular. A escolha dessa devoção mensal é feita com base em algum acontecimento histórico ou alguma celebração litúrgica especial.

Estas devoções surgiram espontaneamente ao longo da vida da Igreja, e nem sempre é possível se determinar exatamente a data e o local de sua origem. E isto pode mudar de um país para o outro, dentro da unidade da Igreja respeitando a saudável diversidade; especialmente as diferenças culturais do Ocidente e do Oriente católicos. No livro “Orações de todos os tempos da Igreja” (Ed. Cléofas, 1998) você encontra orações para todas essas devoções.


Conheça algumas delas:


Em JANEIRO a devoção é dedicada o Santíssimo Nome de Jesus, porque oito dias após o Natal, São José o circuncidou dando-lhe o sagrado nome. A Igreja celebra oito dias após o Natal, em 2 janeiro, de acordo com o Diretório da Liturgia da CNBB, a solenidade do Santíssimo Nome de Jesus: O anjo disse a Maria: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1, 30-31). Por causa das festas em Janeiro que pertencem a infância de Cristo, Janeiro também se tornou o mês dedicado a Santa Infância de Jesus.

FEVEREIRO é o mês da Sagrada Família porque após as celebrações do Natal, a Igreja a venera. Foi na Sagrada Família que Jesus viveu toda a a sua vida antes de começar sua vida pública, para a salvação da humanidade. Ali ele aprendeu as coisas santas, trabalhou com mãos humanas, obedeceu a Seus pais e se preparou para a grande missão. Olhando para a Sagrada Família, a Igreja deseja que os casais e filhos aprendam a viver segundo a vontade de Deus: “O mundo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e os pais fossem José”… Embora o começo da Quaresma mude de acordo com o calendário civil, uma boa parte do mês de Fevereiro nos dá um espaço de tempo entre as celebrações do Natal e foco maior na vida pública e no ministério de Jesus, que ocorrem na Quaresma.

MARÇO é o mês da devoção a São José, porque a sua festa maior acontece no dia 19 de março. São José é o esposo da Virgem; o homem justo que teve a honra e a glória de se escolhido por Deus para ser o pai legal, nutrício, de Seu Filho feito homem. Coube a José dar-lhe o nome de Jesus. Nesse mês dedicado a ele, a Igreja nos convida a olhar para este modelo de pai amoroso, esposo fiel e casto, trabalhador dedicado que está pronto a fazer, sem demora, a vontade de Deus. A Igreja lhe presta um culto de “protodulia” (Primeira veneração).

Há inúmeras orações dedicadas a São José, como a Ladainha em sua honra, o Terço de São José, novenas, e outras súplicas. Santa Teresa D’Ávila testemunhou que sempre que fazia um pedido a São José, em uma de suas festas (19 de março ou 1 de maio), nunca deixou de ser atendida. Todos os seus Carmelos renovados receberam o nome do Glorioso São José.

O mês de ABRIL é dedicado a Eucaristia e ao Divino Espírito Santo. Quase sempre o Dia da Páscoa cai em abril; e, mesmo quando essa data se dá em Março, o período pascal de 40 dias continua em abril. A Eucaristia é o centro da vida da Igreja. Ela é o Sacrifício de Cristo que se atualiza (torna-se presente) no altar, na celebração da santa Missa. É o Alimento (banquete) do Cordeiro, que se dá como alimento espiritual. É a maior prova de amor de Jesus para conosco. Além da Missa, Ele permanece em estado de vítima oferecida permanentemente ao Pai em nossos Sacrários, para nos socorrer em todas as necessidades e estar sempre conosco: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).

MAIO é o mês da Virgem Maria.

Este mês está repleto de Suas Festas: 13 de maio (N. Sra. de Fátima), 24 de Maio (N. Sra. Auxiliadora), 26 de Maio (N. Sra. Caravaggio), 31 de Maio (N. Sra. da Visitação). Por ser ela Mãe de Deus e nossa Mãe, o mundo cristão comemora o Dia das Mães no segundo domingo de maio, rogando-lhe que defenda, proteja e auxilie todas as mães em sua difícil missão. A devoção a Virgem Maria quer destacar o papel fundamental de Maria Medianeira de todas as graças, intercessora permanente do povo de Deus, modelo para as mães cristãs, pura e santa, sempre pronta e disposta a fazer a vontade de Deus. É o mês por excelência para as noivas se casarem e consagrarem a vida matrimonial a essa terna e boa Mãe. É também o mês de rezar-Lhe o Rosário e a Sua bela Ladainha lauretana.

JUNHO é o mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Uma devoção que começou por volta do ano de 1620, quando Jesus pediu a difusão da devoção ao Seu sagrado Coração a Santa Margarida Maria Alacoque. Foi divulgada no mundo por São Claudio de La Colombiere, diretor espiritual da Santa. Foi um tempo marcado pela perigosa heresia chamada “jansenismo”, que impedia os católicos de comungarem com frequência e incutia o medo de Deus nas pessoas. E para provar o contrário, essa devoção ao Sagrado Coração de Jesus quis mostrar exatamente um Jesus humano, misericordioso, e sempre pronto a perdoar como fez o Pai ao filho pródigo. Essa linda devoção encoraja à participação na Adoração a Eucaristia, e a receber a Sagrada Comunhão na primeira Sexta-feira de cada mês, recebendo inúmeras graças, prometidas por Jesus. Há também a bela Ladainha ao Sagrado Coração de Jesus e inúmeras orações compostas pelos Santos para essa profunda devoção.

JULHO é dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor.
Esta festa é celebrada no primeiro Domingo do mês. O Sangue de Jesus é o “preço da nossa salvação”. A piedade cristã sempre manifestou através dos séculos especial devoção ao Sangue de Cristo, derramado para a remissão dos pecados a todo o gênero humano. Esta devoção atravessou a história e a temos até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia. O Papa São João Paulo II, em sua Carta Apostólica Angelus Domini, frisou o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele Sangue, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa”.

AGOSTO é o mês dedicado às vocações no Brasil.
Em cada semana do mês a Igreja destaca uma modalidade vocacional: a vocação sacerdotal, matrimonial, religiosa, e o laicato (dos leigos). A vocação define a vida religiosa da pessoa, e é dada por Deus a cada um. Em Sua bondade e sabedoria, Deus distribui Seus dons a cada um como lhe apraz. O importante é que cada um descubra a sua vocação e nela se realize, fazendo o bem a todos. Especialmente nesse período, os jovens são chamados a rezarem, pedindo a Deus discernimento do caminho a seguir. De modo especial, os leigos devem assumir a sua missão no mundo, como “sal da terra e luz do mundo”; fiéis aos ensinamentos da Igreja e levando o Evangelho a todas as realidades temporais.

SETEMBRO no Brasil é o mês da Bíblia, que tem como finalidade que o povo católico se aproxime mais da Palavra de Deus, leia e a medite, a conheça e aprofunde os seus conhecimentos bíblicos. Não é sem razão que São Pedro ensinou: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2Pd 1,20-21). A Carta aos Hebreus nos recorda que “a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).

OUTUBRO é o mês do santo Rosário e o mês dedicado às Missões.
Santo Rosário porque a Europa cristã se viu livre da ameaça muçulmana, que queria destruir o cristianismo, no ano 1571; contudo, foram vencidos pelas forças cristãs, na Batalha de Lepanto, no mar da Grécia. O Papa São Pio V pediu aos exércitos cristãos que levassem a “arma do Rosário”. Como a grande e milagrosa vitória se deu no dia 7 de outubro, o Papa instituiu neste dia a Festa de Nossa Senhora do Santo Rosário. O Mês das Missões é um devoção a fim de estimular ainda mais a missão evangelizadora que Cristo confiou à Igreja. Jesus ordenou aos seus discípulos que fossem pelo mundo todo, pregando o Evangelho e batizando a todos.

NOVEMBRO é o mês dedicado às almas do Purgatório.
O Dia de Finados, celebrado no dia 2 de Novembro, é dedicado às orações por todos os fiéis falecidos. O Papa Paulo VI, na Constituição das Indulgências, de 1967, estabeleceu indulgências parciais e plenárias pelas almas do purgatório, decretando assim que a semana de 1 a 8 de novembro fosse dedicada às almas. Por isso estabeleceu nessa data que os cristãos lucrariam indulgências plenárias às almas com a seguinte condição: 1. uma visita ao cemitério para rezar por elas; 2. confissão sacramental; 3. comungar e rezar nas intenções do Santo Padre, o Papa (Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai).

As almas não podem conseguir sua purificação por si mesmas; pois dependem de nossas orações, missas, esmolas, penitências etc., oferecidas portanto a elas.

DEZEMBRO é o mês santo do Advento e do Natal. São quatro semanas de preparação para a vinda de Cristo no Natal. Arma-se a “coroa do Advento”, com uma vela acessa a cada domingo, meditando esse tempo de graça e espera. É um tempo propício para uma preparação espiritual e piedosa para celebrar dignamente o Natal e também a Segunda e definitiva vinda do Senhor. É o tempo do Presépio, que nos ajuda a meditar este grande mistério da Encarnação do Verbo, que “se fez pobre para nos enriquecer”, como tão bem nos ensinou o Apóstolo São Paulo.

Fonte: Cleofas.com.br

7 curiosidade que você não sabia sobre os 3 reis magos.

Neste domingo, a Igreja no Brasil celebra a Epifaniado Senhor, que faz referência à seguinte passagem da visita dos Magos do Oriente ao Menino Jesus: “Entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra” (Mt 2,11). Confira a seguir sete coisas que talvez você não sabia acerca dos Reis Magos e da Epifania.
1. A Igreja celebra três Epifanias
A festa dos Reis Magos ou Dia dos Santos Reis é conhecida como Epifania, palavra que em grego significa manifestação, no sentido de que Deus se revela e se manifesta.
Entretanto, a Igreja celebra como Epifanias três manifestações da vida de Jesus: a Epifania diante dos Magos do Oriente (manifestação aos pagãos), a Epifania do Batismo do Senhor (manifestação aos judeus) e a Epifania das bodas de Caná (manifestação aos seus discípulos).
2. É a segunda festa mais antiga
A Festa da Epifania é uma das mais antigas dos cristãos, provavelmente a segunda depois da Festa da Páscoa. Teve início no Oriente e logo passou a ser comemorada no Ocidente, por volta do século IV.
Dizem que no princípio os cristãos comemoravam as três epifanias em uma mesma data. Inclusive, em algumas igrejas orientais, nesta festa comemoram o nascimento de Cristo, mas foi somente até o século IV, quando começou a festividade romana do Natal.
Na Idade Média, a Epifania pouco a pouco passou a ser mais conhecida como a festa dos Reis Magos. Atualmente, a Igreja Católica celebra as três epifanias em diferentes datas do calendário litúrgico.
3. Um santo definiu a data
Alguns estudos comprovam que a Epifania passou a ser celebrada no dia 6 de janeiro porque neste dia era comemorado o nascimento de Aion, o deus pagão da metrópole de Alexandria, que supostamente estava relacionado com o deus sol. Do mesmo modo, também porque desde esta época, celebravam no Egito o solstício de inverno no dia 6 de janeiro.
No século IV, Santo Eusébio de Cesárea e São Jerônimo, assim como Santo Epifânio no século VI, disseram que os reis encontraram o Menino antes de completar dois anos de idade.
Entretanto, Santo Agostinho (séculos IV e V) em seus sermões sobre a Epifania afirmou que chegaram 13 dias depois do nascimento do Senhor. Ou seja, no dia 6 de janeiro do calendário atual.
4. Reis por tradição
São Mateus, o único evangelista que fala sobre os Reis Magos na Bíblia, explica que eram do Oriente, uma região que, para os judeus, eram os territórios da Arábia, Pérsia ou Caldeia. Por outro lado, os orientais chamavam os doutores de “magos”.
“Mago” na língua persa significava “sacerdote” e justamente os magos (“magoi” em grego) eram um grupo de sacerdotes persas ou babilônios. Eles não conheciam a revelação divina como os judeus, mas estudavam as estrelas a fim de procurar Deus.
A tradição chamou de “reis” aos magos de acordo com o Salmo 72 (10-11) que diz: “Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis da Arábia e Etiópia oferecerão dons. E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão”.
5. Poderiam ser mais de três
São Leão Magno e São Máximo do Turim, séculos IV e V respectivamente, falam de três magos provavelmente não por se apoiar em alguma tradição, mas sim talvez pelos três presentes que descreve o evangelista.
Nos primeiros séculos há representações pictóricas nas quais aparecem dois, quatro, seis e até oito magos. Entretanto, o afresco mais antigo da adoração dos magos data do século II e se encontra em um arco da capela grega das catacumbas romanas de Priscila e ali aparecem três.
6. A origem de seus nomes, fisionomias e presentes
Os nomes dos magos não aparecem nas Sagradas Escrituras, mas a tradição lhes deu certos nomes. Em um manuscrito do final do século VII, aparece que se chamavam Bitisarea, Melchor e Natasa, mas, no século IX, começou-se a propagar que eram Gaspar, Melchior e Baltazar.
Melchior é caracterizado geralmente como um idoso branco com barba em representação da região europeia e oferece ao Menino o ouro pela realeza de Cristo. Gaspar representa a área asiática e leva o incenso pela divindade de Jesus. Enquanto Baltazar é negro pelos provenientes da África e presenteia o Salvador com mirra, substância que se utilizava para embalsamar cadáveres e simboliza a humanidade do Senhor.
Na época em que se começou a representá-los com estas características não se tinha conhecimento da América. Além disso, os três fazem referência às idades do ser humano: juventude (Gaspar), maturidade (Baltazar) e velhice (Melchior).
7. A estrela teria sido uma conjunção de planetas
Sobre a estrela de Belém que os Reis Magos viram, foram construídas várias hipóteses. Inicialmente, dizia-se que foi um cometa, mas estudos de astronomia revelam que, ao que tudo indica, deveu-se à conjunção dos planetas Saturno e Júpiter na constelação de Peixes.
Neste sentido, os Reis Magos possivelmente decidem viajar em busca do Messias porque, na antiga astrologia, Júpiter era considerado como a estrela do Príncipe do mundo; a constelação de Peixes, como o sinal do final dos tempos; e o planeta Saturno no Oriente, como a estrela da Palestina.
Ou seja, presume-se que os “sábios do Oriente” entenderam que o Senhor do final dos tempos apareceria naquele ano na Palestina.
É provável que os Reis Magos soubessem algumas profecias messiânicas dos judeus e, por isso, chegaram a Jerusalém, ao palácio de Herodes, perguntando pelo rei dos judeus.

De Deus para ti: "Um dia te sentarás comigo e Eu te contarei a tua própria história"





"Será o dia mais fascinante da tua existência, pois entenderás tudo": o pe. José Eduardo reflete sobre como Deus nos molda para nos tornarmos nós mesmos“

O pe. José Eduardo Oliveira compartilhou em seu Facebook uma reflexão sobre o que Deus nos dirá, na eternidade, sobre as vicissitudes da nossa trajetória e o quanto era evidente que Ele nos moldava para sermos nós mesmos, por mais que teimássemos em não enxergar:

“Um dia te sentarás comigo e Eu te contarei a tua própria história. Será o dia mais fascinante da tua existência, pois entenderás tudo: o quanto riste em vão, o quanto choraste em vão, o quando te importaste em vão, enquanto esbarravas no meu amor a cada instante. Tudo te parecerá tão óbvio! Perceberás que Eu sempre te quis e que, por isso, cada instante da tua existência não foi senão o preâmbulo da verdadeira existência. Agora estás sendo moldado para seres quem tu realmente és: a versão de ti mesmo em mim, a tua única realidade. Estou extraindo tudo que é alheio a isto de dentro de ti; isto dói, mas é necessário. Apenas quando Eu concluir esta obra de purificação, chegará, então, o verdadeiro dia do meu Natal em ti e Eu estou ansioso por isto.“


O que é verdade e o que é ficção no filme "Dois Papas"?

O filme de Fernando Meirelles já no início informa aos espectadores que foi baseado em eventos reais. No entanto, o filme deve ser entendido como uma peça de ficção.


A estreia de um dos filmes mais importantes relacionados a temas católicos em 2019 está dando o que falar.

O trabalho do diretor de cinema Fernando Meirelles e do roteirista Anthony McCarten (criador das histórias de Rapsody Bohemian e Theory of Everything, entre outros) mergulha no final inesperado do pontificado de Bento XVI.

A abdicação do Papa em fevereiro de 2013 foi um evento sem precedentes na Igreja Católica por séculos. Tanto então como hoje causa uma série de debates, perguntas e teorias da conspiração. O desejo de enfrentar essas dúvidas foi provavelmente um fator importante na criação do filme.

No entanto, ao tentar responder aos muito questionamentos, devemos levar em consideração o que na trama do filme coincide com a realidade, o que só pode ser provável e quais eventos são uma ficção completa.

Funeral do Papa e dois conclaves.

“Dois Papas” se concentra no duelo entre Anthony Hopkins (Bento XVI) e Jonathan Pryce (Cardeal Jorge Bergoglio e Francisco). A parte principal da história se passa no verão de 2012, quando o Papa Bento XVI comemora o sétimo ano de seu pontificado. A história remonta ainda a abril de 2005: o funeral de João Paulo II e o conclave que começou em 18 de abril de 2005.

No segundo dia, o Papa Bento XVI foi eleito. No filme, também vemos o anúncio público da abdicação de Bento XVI durante um evento no Vaticano em 11 de fevereiro de 2013, e o conclave de 12 a 13 de março de 2013, que terminou com a eleição de Francisco.


Todos esses eventos, como a realização do conclave, e até os possíveis perfis dos chamados Papabili, ou possíveis candidatos ao cargo de Bispo de Roma em 2005 e 2013, foram fielmente representados no filme.

Com a precisão de uma crônica, o filme retratou até pequenos detalhes como, por exemplo, as mangas do suéter preto que se projetam abaixo da batina papal de Bento XVI durante a primeira bênção do balcão da Basílica de São Pedro, em 19 de abril de 2005, ou a primeira bênção de Francisco em 13 de março de 2013, durante a qual ele apareceu sem a capa vermelha e sem os sapatos papais, e mantendo a sua cruz episcopal no peito. Também é verdade o conteúdo da breve saudação que Francisco deu em italiano, começando com o famoso “boa noite!”

A trama argentina e o padre Maciel

As memórias mais antigas do personagem do Papa Francisco remontam à década de 1950. Nesse ponto, os produtores do filme provavelmente foram guiados pela biografia “Francisco – Vida e revolução”, de Elisabetta Piqué (publicada na Polônia em 2016).

O livro afirma que, antes de ingressar no noviciado jesuíta, o futuro papa namorou uma garota e chegou a planejar pedi-la em casamento. Mas a vocação sacerdotal falou mais forte, evento que foi retratado quando o personagem entra em uma igreja ao caminhar pelas ruas de Buenos Aires.

A história também mostra o jovem Jorge Bergoglio trabalhando num laboratório de química. Sua chefe era Esther Ballestrino. A mulher que permaneceu amiga do padre Bergoglio por anos se tornou vítima da sangrenta ditadura militar do general Jorge Videla, que governou a Argentina na segunda metade da década de 1970 e no início da década de 1980.

A cena retratada no filme, quando o futuro papa ajuda Ballestrino a se esconder e também aos livros que ela carregava, corresponde à realidade. Também corresponde à verdade o trágico destino de Ballestrino, morta pela ditadura militar.



Os motivos relacionados à “guerra suja” na Argentina (repressão em massa da ditadura militar contra a oposição e os estudantes) constituem uma parte importante da retrospectiva da trama de “Dois Papas”.

Os produtores mostraram que isso poderia ter sido uma fonte de tormentos para o cardeal Bergoglio já em 2012. No filme, em conversa com Bento XVI, o personagem admite que, como provincial dos jesuítas argentinos (ele desempenhou essa função de 1973 a 1979), suas medidas teriam sido insuficientes para defender da perseguição vários membros de sua congregação  religiosa .

Os personagens reais mostrados no filme, nesse contexto, são os padres Orlando Yorio e Franz Jalics, em missões jesuítas em favelas perto de Buenos Aires. Eles foram sequestrados por esquadrões da morte militares e torturados.

O roteiro sugere que o padre Bergoglio ordenou o fim missão e expulsou os dois jesuítas da congregação. Essa sequência de eventos é real. Os clérigos, depois de terem sido presos, foram forçados a emigrar e expulsos da ordem. Mas foi isso justamente que permitiu salvar suas vidas.

O filme mostra os esforços que o padre Bergoglio fez para salvar o clero e todos os perseguidos entrando em contato com membros da junta militar quando necessário.


A mistica Franciscana no Natal



Francisco de Assis (1182-1226) nutriu ao longo de sua vida três grandes devoções em relação a Jesus Cristo. A primeira delas é Encarnação do Verbo, isto é, Deus-menino nascido da Virgem Maria. A segunda, a presença real de Jesus no Sacramento da Eucaristia, exortando aos irmãos e aos fiéis a reta devoção, e por fim, Jesus Crucificado, o servo humilde e sofredor, o qual ordenou aos irmãos que pregassem até os confins da terra tendo o Evangelho por Regra e Vida.

As três devoções de Francisco estão interligadas e formam um todo de fé. Tanto o encantava a figura-presença de Deus menino que quis ver com os próprios olhos do corpo aquela realidade que já inebriava sua alma. Para ele, o Natal do Senhor é a festa das festas, uma vez que o Verbo de Deus quis habitar no meio de nós e revestir-se da carne humana e, por conseguinte, da fragilidade inerente à humanidade. Para ele, a Encarnação é um ato supremo do amor de Deus que quis ser um de nós para nossa salvação.

A Encarnação de Jesus no seio de Maria está diretamente ligada à sua presença na Eucaristia e ao gesto supremo de sua doação na Cruz. Francisco, mergulhado na contemplação desse mistério, de modo criativo e peculiar, teve a ideia de “reviver” e contemplar de perto a fragilidade do Menino-Deus recriando a cena do Presépio em Greccio e, como que participando deste mistério, estender esta oportunidade a toda a humanidade. A cena é descrita por São Boaventura na Legenda Maior e materializada pela primeira vez no Afresco de Giotto di Bondoni na Basílica Superior em Assis, em meados de 1300.


Três anos antes da morte resolveu celebrar com a maior solenidade possível a festa do Nascimento do Menino Jesus, ao pé da povoação de Greccio, a fim de estimular a devoção daquela gente. Mas para que um tal projeto não fosse tido por revolucionário, pediu para isso licença ao Sumo Pontífice, que lha concedeu[1]. Mandou preparar uma manjedoura com palha, e trazer um boi e um burrito. Convocaram-se muitos Irmãos; vieram inúmeras pessoas; pela floresta ressoaram cânticos alegres… Essa noite venerável revestiu-se de esplendor e solenidade, iluminada por uma infinidade de tochas a arder e ao som de cânticos harmoniosos. O homem de Deus estava de pé diante do presépio, cheio de piedade, banhado em lágrimas e irradiante de alegria. O altar dessa missa foi a manjedoura. Francisco, que era diácono, fez a proclamação do Evangelho. Em seguida dirigiu a palavra à assembleia, contando o nascimento do pobre Rei, a quem chamou, com ternura e devoção, o Menino de Belém. O Senhor João de Greccio, cavaleiro muito virtuoso e digno de toda a confiança, que abandonara a carreira das armas por amor de Cristo e dedicava uma profunda amizade ao homem de Deus, afirmou que tinha visto um menino encantador a dormir na manjedoura, e que pareceu acordar quando S. Francisco fez menção de pegar nele nos braços. É crível que se tenha dado esta aparição: há o testemunho não só da santidade do piedoso militar, como a veracidade do próprio acontecimento e a confirmação que lhe deram outros milagres ocorridos depois: o exemplo de Francisco correu mundo e ainda hoje consegue excitar à fé de Cristo muitos corações adormecidos; a palha dessa manjedoura, conservada pelo povo, serviu de remédio miraculoso para animais doentes e de proteção para afastar muitas pestes. Assim glorificava Deus o seu servo, e mostrava, com milagres indesmentíveis o poder da sua oração e da sua santidade.[2]

A passagem retrata a noite do Nascimento de Jesus realizada em 1223 por São Francisco em Greccio, é a famosa cena do Presépio. Giotto, no afresco, coloca o episódio no presbitério de uma Igreja e na composição são destacados os elementos principais, o ambão do Evangelho, o púlpito da pregação, o altar da celebração e, ao centro, Francisco vestido de diácono tomando em seus braços o Menino de Belém. A cena ganha vitalidade com a presença da multidão e os quatro frades que cantam.

Francisco desejou ver com os próprios olhos do corpo a cena do Natal do Senhor. Neste encontro celebrativo apresenta-se o binômio Belém-Eucaristia. A fragilidade de Jesus acolhido no mundo em uma gruta simples e na pobreza de uma manjedoura tem íntima relação com a simplicidade de sua presença na Eucaristia. O poverello de Assis quer ressaltar a pobreza e a humildade como singular intuição para acolher na vida esse mistério e celebra-lo em fraternidade universal. Belém e Eucaristia, Manjedoura e Altar mostram o amor de um Deus que nunca quer se apartar do ser humano e acolhe suas fragilidades e misérias.

Francisco, ao retratar a cena do Presépio, desejou fazer nascer Jesus-Menino, suas virtudes e ensinamentos, nos corações de todos os de boa vontade. O gesto de Francisco não foi “isolado” no ano de 1223, e nem se cristalizou no afresco de Giotto, mas pode e deve acontecer no hoje da história, com seus personagens e necessidades, através da busca constante por viver o Reino de Deus.

Celebrar o Natal do Senhor, festas das festas, memória real da presença de Deus na história da humanidade, na dinâmica da mística franciscana, é não medir esforços para que a presença de Deus seja sentida por todos, sem exclusão, uma vez que “nem os animais” foram excluídos da cena, mas são parte dela. Por fim, celebrar o Natal na mística franciscana é congregar tudo e todos num só coração e numa só alma, no urgente diálogo que respeita a dignidade humana e gera a fraternidade universal querida por Deus na pessoa de Jesus-Menino.

Proxima → Página inicial

Visitas

 http://www.templateparablogspot.com/

Seguidores

Visualizações de página