O imperador alemão Guilherme I presidiria as solenidades do quarto centenário de Lutero, e as ruas estavam agitadas, cheias, esperando pelas celebrações.
Irmã Serafina Micheli queria fugir daquele barulho e agitação e foi procurar uma igreja para rezar, no entanto, já era noite e as igrejas estavam fechadas.
Irmã Serafina encontrou uma com as portas fechadas e ajoelhou-se nos degraus da entrada principal. No entanto, pela falta de luz, não percebeu que a igreja não era católica, mas protestante.
Enquanto rezava, seu anjo da guarda apareceu e lhe disse:
‒ ”Levante porque este é um templo protestante”.
E acrescentou.
‒ ”Eu quero te fazer ver o lugar aonde Martinho Lutero foi condenado e a pena que sofre como castigo de seu orgulho”.
Depois destas palavras, a santa religiosa viu uma horrível voragem de fogo, na qual era cruelmente atormentado um número incalculável de almas.
No fundo dessa voragem via-se um homem: Martinho Lutero.
Ele se distinguia dos outros porque estava rodeado de demônios que o obrigavam a ficar de joelhos.
Todos esses espíritos imundos equipados com martelos se esforçavam, em vão, para enfiar-lhe na cabeça um grande prego.
A freira ficou horrorizada com o que viu. E pensou que se o povo que estava na festa visse aquela cena, certamente não tributariam honras, lembranças, comemorações ou celebrariam tal personagem.
Desde então, Irmã Serafina passou a exortar as irmãs de sua congregação a viverem a humildade e o esquecimento de si em vista dos outros.
Ela estava convencida que Martinho Lutero foi condenado ao Inferno, sobretudo por causa do primeiro pecado capital: o orgulho. Esse pecado o levou a voltar-se contra a Igreja Católica e gerar uma divisão em toda a Europa.
Fonte: Church Pop .
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